A Voz que dá Sentido à Vida

A vida é como uma obra de arte.

Assim que nos damos conta de que existimos, ainda na infância, começamos a vislumbrar o futuro, imaginando como seremos, o que faremos, por onde andaremos...

Depois de jovens, continuamos a travessia da nossa existência, ainda fazendo planos, e já colocando vários deles em prática. E isso prossegue na vida adulta.

Nos sentimos como quem está pintando um quadro, escolhendo as cores, os formatos, as nuances.

Uma verdadeira obra de arte, que às vezes parece que nunca será finalizada! Estamos sempre querendo mais retoques, mais cores... falta tempo para fazer tudo o que se quer realizar.

Queremos crer que não terá fim, e que vamos continuar eternamente pintando aquele quadro, esperando resultados cada vez mais surpreendentes, cada vez mais fantásticos.

Porém, é só uma questão de tempo: um dia vamos partir, e o quadro... digo, o LEGADO que deixarmos, talvez ainda fique um pouco mais, depois da nossa partida. Até ser também esquecido de vez, na memória das futuras gerações.

Apesar dessa "tragédia" anunciada, é possível não viver só pensando na "tragédia", e focar a atenção nas alegrias que o viver nos proporciona. Coisas por vezes até simples, mas que aquecem o viver:

O amanhecer de um novo dia...

As belas paisagens...

As conquistas do nosso trabalho...

A caridade de um amigo...

O sorriso de uma criança...

Tudo isso torna a vida alegre e bela. Nos leva a crer que vale a pena viver, sentir essas boas emoções.

Não trazem, porém, um sentido completo ao viver.

Mesmo quando essas boas emoções estão presentes em nossa vida, parece ainda faltar alguma coisa.

O amanhecer se torna tarde. E depois, noite.

As belas paisagens, algumas vezes, se desfazem. Outras vezes, estão distantes.

Nem sempre temos dinheiro suficiente para viver a vida em busca delas, em viagens sem fim.

Os amigos se vão: uns nos esquecem, outros simplesmente partem.

A criança um dia vira adulta, e nem sempre preserva o sorriso de sua época de inocência.

Em meio ao vai-e-vem diário de emoções (ora alegria, ora dor), nos questionamos todos os dias, intimamente: "Tem que haver um sentido." "Tem que haver um porquê."

Ansiamos continuamente algo novo, jamais visto, jamais sentido, capaz de dar sentido à vida.


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Um dia, após ter assistido a um documentário sobre uma teoria a respeito da criação do mundo, essas indagações me subiram à mente, e passei a meditar profundamente sobre este assunto.

Quando criança, aprendi que Deus criou todas as coisas. Cada coisa com um sentido, cada coisa com uma finalidade. Inclusive o ser humano.

Depois que crescemos, muitos de nós, adultos,  tendemos a "separar" Deus da sua própria criação, pelo menos na nossa mente. Mas, se Ele de fato existe, o que importa para Ele o que o homem pensa, ou deixa de pensar?

"Deus, tu existes mesmo?" Perguntei nesse dia, jogando a pergunta ao ar.

Com a Bíblia nas mãos, abri num lugar qualquer, buscando uma resposta, como se desafiando Deus a provar a sua própria existência.

Olhos fixos no texto. O coração acelerou suas batidas. Li as seguintes palavras:

"Diz o insensato no seu coração: não há Deus." Salmo 53:1.

Essa história aconteceu de verdade comigo, em 19 de julho de 2004.

Sara Fontoura

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