A Ressurreição de um Jovem

No dia 21 de outubro de 2011, uma sexta-feira, por volta das 14 horas, eu estava atendendo os clientes, no meu local de trabalho. Havia muitos clientes naquele dia. Me levantei para falar algo com o gerente do meu setor,  quando percebi que havia uma estranha movimentação nas cadeiras de espera da fila do caixa. Vi que a telefonista da agência estava vindo daquela direção, com a expressão assustada. O meu chefe falou com ela em tom de voz alto, apressado: “Chama de novo, chama de novo!” Ela respondeu: “já chamei!” No mesmo instante olhei, e vi um rapaz que estava caído sobre 3 cadeiras da última fileira. Percebi que a conversa dos meus colegas era sobre ligar de novo para chamar a ambulância.

Percebi então que outro dos meus colegas, que tinha feito curso de enfermagem, segurava o braço do rapaz, como se verificando a pulsação, balançando a cabeça em negativa.

Fiquei ali de longe mais uns 3 minutos. Pensei: “Vou lá terminar de atender a cliente que está na minha mesa, depois eu volto pra ver.” Achei que se tratasse de uma pessoa desconhecida. Quando me virei para voltar para minha mesa, um irmão da minha igreja, que também é meu colega de trabalho, e trabalha no caixa, veio em minha direção, falando com pressa: “Acho que é o filho de um irmão da nossa igreja. Vai lá, vê se você reconhece.” (Ele havia se mudado há pouco tempo para aquela cidade, e ainda não conhecia todos os irmãos). Falei: “Filho de quem?!” E saí andando rápido em direção a ele. Fiquei estarrecida quando percebi que era mesmo o filho do nosso irmão. Aquele jovem estava na agência, aguardando sentado a sua vez na fila do caixa da agência, quando passou mal.

Ele estava totalmente imóvel, a face muito roxa, os olhos brancos. Foi um choque enorme pra mim, não sabia o que fazer. Percebi que a maioria das pessoas também só olhavam, sem saber o que fazer. Só o meu colega enfermeiro e outro cliente permaneciam junto a ele, tentando mantê-lo numa posição adequada para aguardar o socorro. Saí dali, e confirmei para o meu colega e irmão de igreja que aquele era mesmo o filho do nosso irmão. Ele então saiu correndo para ligar para os irmãos. De imediato todos começaram a orar.

Já haviam se passado mais de 20 minutos desde o ocorrido quando a ambulância chegou. O rapaz já estava sendo dado como morto por todos os que ali estavam.

Quando a ambulância saiu levando o rapaz, o nosso gerente saiu logo atrás, acompanhando tudo de perto. Todos os que ali estavam (clientes e funcionários) estavam atônitos, lamentando a morte fulminante do rapaz, com a certeza de que ele não teria chances de sobreviver, tal foi o quadro que presenciaram. Alguns funcionários, de tão perturbados que estavam, se ajuntaram ao redor da telefonista, na parte interna da agência, enquanto ela ligava para o hospital a todo momento para saber notícias. Estavam incapazes de continuar atendendo os clientes, mesmo a agência estando cheia.

Enquanto isso, toda a igreja clamava para que o Senhor ressuscitasse o rapaz. Eu retornei ao atendimento da minha cliente, mas meu pensamento estava muito perturbado. Orei ao Senhor, meio sem fé: “Senhor, tem misericórdia. Será um choque muito grande para a tua igreja aqui se perdermos assim esse rapaz. Eu sei que o Senhor pode ressuscitá-lo, mas não consigo crer nisto. Tem misericórdia.” Comecei a pensar na dor de ter de assistir ao culto de sepultamento do irmão.

Já no hospital, a equipe médica, com muito esforço, conseguiu reanimar o rapaz. Porém, após essa primeira ressurreição, ao ser levado para a UTI, o rapaz teve uma nova parada cardíaca, segundo relatou o irmão que também é meu colega de trabalho, e que acompanhou tudo de perto no hospital.

Foi nesse momento que chegou um médico bem conhecido em nossa cidade, por sua capacidade e experiência. Ele correu a ajudar a equipe e atender o rapaz, e conseguiu novamente reanimá-lo.

Até aqui, aos olhos humanos, poderíamos dizer que Deus não teve nada a ver com a ressurreição do rapaz; os médicos atuaram, e o rapaz foi salvo. Mas vou contar a seguir detalhes dessa história, narrados por várias testemunhas, que nos revelam a forma como Deus operou para salvar a vida desse rapaz.

Com relação à chegada desse segundo médico para atender àquele jovem, aconteceu um fato curioso, que ele próprio relatou mais tarde a um outro irmão nosso, que também é médico. Seu relato foi o seguinte: Disse que estava em sua casa, quando recebeu uma mensagem no seu celular. Era a sua secretária, dizendo que ele fosse imediatamente ao hospital, pois havia uma emergência para ele atender. Ele foi, e chegou no momento em que o rapaz estava sendo atendido. Pensando ser essa a emergência de que tratava a mensagem, foi socorrer o nosso irmão, conseguindo novamente reanimá-lo.

Após atender o rapaz, esse médico procurou a secretária que lhe mandou a mensagem, porém não a encontrou. Disseram-lhe que não estava na hora do seu plantão. E ele se questionou: então, como é que ela me mandou a mensagem?

Mais tarde, a secretária chegou no seu horário normal de trabalho. Ao ser questionada pelo médico sobre a mensagem, ela disse que não havia mandado mensagem nenhuma para ele. Ele disse: "Mandou sim. Eu te mostro aqui no meu celular." Então, ao procurar a mensagem no celular, NÃO HAVIA MENSAGEM ALGUMA!

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Mas a operação do Senhor não parou por aqui.

Após passar por aqueles procedimentos de ressuscitação, o estado de saúde do rapaz foi considerado gravíssimo. A previsão era a de que ele ficaria em coma por vários dias, e que teria graves sequelas.

No entanto, no dia seguinte, sábado, dia 22,  a esposa do nosso irmão médico, e que também ouvira aquela narrativa sobre a mensagem da secretária, disse àquele médico que fez a segunda ressurreição do jovem: Deus fez assim por sua causa, porque Ele quer te dar uma experiência. E vou dizer mais uma coisa: Esse rapaz amanhã vai estar totalmente são, falando e andando!

Então, nesse mesmo sábado, após o culto à noite, a família voltou ao hospital, e o rapaz, que até então estava em coma, acordou, balbuciando o nome de alguns dos seus amigos. O pai ligou imediatamente para os irmãos, e a notícia da melhora do rapaz se espalhou naquela mesma noite.

No domingo de manhã, dia 23/10/2011, o nosso irmão que é médico foi ao hospital, e chamou o rapaz pelo nome. Ele abriu os olhos, e olhou para o doutor. O doutor perguntou: você sabe quem sou eu? Ele falou: "Sei, sim." E falou o seu nome.

O doutor pediu que ele mexesse a mão, depois levantasse uma perna, depois a outra... E o rapaz foi obedecendo aos comandos. Os enfermeiros disseram: "Ih, doutor, ele já acordou, já falou, já deu até aula de inglês pra nós!" (O rapaz trabalhava como professor de inglês, naquela ocasião).

Todos ficaram maravilhados em ver a rápida recuperação do rapaz. A notícia se espalhou por toda a cidade. Irmãos de diversas igrejas evangélicas da cidade passaram a divulgar, inclusive nos seus cultos, o surpreendente milagre que o Senhor operara na sua vida.

O rapaz continuou internado em observação por mais alguns dias, já andando, comendo... e estava impaciente para sair do hospital, não entendendo porque o estavam prendendo tanto lá. Cheio de vida!

Os exames que foram feitos posteriormente apontaram que não houve nenhum dano à saúde do nosso irmão. E até hoje está muito bem, não apresentando nenhuma sequela.

Toda glória ao nome do Senhor Jesus!


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Experiência vivida e narrada pela autora deste blog.

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