Experiência vivida por um casal que é da minha igreja, narrada aqui pelo pai das meninas.
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Após nos casarmos, minha esposa e eu queríamos um filho, mas descobrimos que ela não podia ter filhos. Era necessário que ela fizesse um tratamento.
Após 3 anos e meio no tratamento, não houve resultado. Então, entramos para o Cadastro Nacional de Adoção; já que o Senhor por muitas vezes nos prometeu um filho, e não sabíamos se era por meio natural.
Procurávamos não demonstrar esta angústia diante da igreja. Mas os irmãos percebiam, e oravam por nós. Em alguns momentos, ao chegar em casa após voltar do meu trabalho, percebia que minha esposa estava com o rosto inchado de tanto chorar aos pés do Senhor, pedindo esta bênção.
Passado algum tempo, houve na igreja uma vigília (que é uma reunião de oração). E foi orientado ali que cada um dos que estavam presentes orassem em voz alta, colocando a sua necessidade pessoal diante do Senhor; e os demais estariam orando juntos, nos seus corações.
Então, pela primeira vez, minha esposa e eu externamos à igreja a nossa necessidade de gerarmos um filho, orando por esse motivo em voz alta.
Ao término da vigília, o irmão responsável pela igreja pediu que aguardássemos um pouco, pois havia um dom espiritual a ser transmitido a nós. Neste dom, que foi uma visão de Deus dada a um dos irmãos ali presentes, era visto um anjo, que chegava e tocava no ventre da minha esposa, e sorria.
De posse deste dom, descansamos nesta promessa do Senhor.
Na outra semana, minha esposa sentiu que poderia estar grávida, devido à alguns sintomas. Mas, com receio de ser alarme falso, não me disse nada; mas pediu uma palavra ao Senhor sobre isto. E o texto foi em I Samuel 1:20:
"E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e deu à luz um filho, ao qual chamou Samuel; porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor."
Antes de me contar, ela ainda perguntou ao Senhor se devia ir ao médico fazer o exame para ver se estava grávida. E a palavra foi em Isaías 49:22:
Assim diz o Senhor DEUS: Eis que levantarei a minha mão para os gentios, e ante os povos arvorarei a minha bandeira; então trarão os teus filhos nos braços, e as tuas filhas serão levadas sobre os ombros.
De posse destas palavras, ela foi ao médico, e constatou a gravidez. Deus havia ouvido a nossa oração, e respondido. E o mais incrível: respondido em dobro, pois ela estava grávida de gêmeos!
Durante a gravidez, tivemos que tomar alguns cuidados, por ser uma gestação de risco. Minha esposa teve que tomar uma medicação para o amadurecimento dos pulmões dos bebês. Era uma medicação para ser tomada em duas doses.
Na noite do dia em que ela tomou a primeira dose, ela passou muito mal com o efeito do remédio. Era como se os bebês fossem nascer naquela noite. Mas ao ligar para a sua médica, ela informou que eram normais aqueles sintomas.
Sendo assim, no outro dia, ela tomou a segunda dose, e passou tranquilamente a noite seguinte.
Mas pela manhã, quando eu estava saindo para o meu trabalho, minha esposa reclamou de umas dores.
Pensando ser apenas reação normal daquele remédio, pedi que ela ficasse de repouso, e fui para o meu trabalho, que ficava a aproximadamente 2 horas da nossa casa.
Quando eu estava chegando ao trabalho, minha esposa me ligou, informando que as dores tinham aumentado muito, e que tinha chamado vizinhos para a socorrerem.
O problema é que ninguém tinha carro para levá-la ao hospital, que ficava a 50 minutos da nossa casa.
Apareceu, então, um vizinho, que já tinha saído para trabalhar, mas por "acaso" resolveu voltar para dar um beijo em seus filhos! E foi esse vizinho, juntamente com uma senhora da nossa igreja, que acompanharam minha esposa até o hospital.
Chegando lá, um dos bebês já estava nascendo, e correram com minha esposa para a sala de parto. Esse primeiro bebê teve então um parto normal, e era uma menina. Nesse momento, já era por volta de meio dia. Enquanto isso, eu corria para chegar ao hospital.
Porém, o outro bebê estava em pé, e após 25 minutos de muitos procedimentos, o outro bebê, também uma menina, foi retirada, mas estava sem vida. Ela passou então por 7 minutos de respiração e massagem cardíaca, e conseguiu voltar à vida.
Minha esposa foi então levada para o quarto, e os bebês para a UTI Neonatal, em estado grave. Foi constatado que ambas nasceram com o canal do coração aberto, mas o de uma delas não queria se fechar. A médica disse, então, que se em 48 horas não fechasse aquele canal, ela seria submetida a uma delicada cirurgia cardíaca.
Toda a igreja, então, juntamente conosco, foi aos pés do Senhor, em oração. E em menos de 48 horas, o Senhor concedeu a vitória, e aquele canal se fechou.
Porém, foram mais 2 meses de lutas com os bebês na UTI, algumas complicações, infecções, paradas respiratórias... mas em todo tempo o Senhor esteve conosco, nos auxiliando, fortalecendo e providenciando tudo.
Hoje, muitos anos após esta grande prova, podemos glorificar ao Senhor, pelas vitórias, pelos irmãos que nos auxiliaram e oraram por nós, e pela vida de nossas filhas, que crescem com saúde e sem sequelas aos pés do Senhor.
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